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cofilina

Medicina personalizada

Uma proteína fabricada normalmente no organismo, a cofilina, pode aproximar a medicina de algo que ainda parece um sonho: diagnósticos mais precisos e prescrições sob medida para cada paciente, levando em conta o que funcionará melhor para ele. Um estudo coordenado pelo bioquímico Fábio Klamt, da Universidade Federal do Rio Grande  do Sul, demonstrou que a quantidade de cofilina detectada no organismo pode ajudar a identificar os pacientes que precisam de tratamento mais agressivo, quais fármacos usar e quais evitar para cada paciente de câncer de pulmão de células não pequenas, um tipo  de câncer que mata cerca de 1 milhão de pessoas por ano no mundo. Em estudo publicado na revista Cancer, o grupo estudou amostras de tumores e descobriu que pacientes com níveis mais altos de cofilina sobreviveram à doença por menos tempo. Pessoas que produzem uma quantidade maior dessa proteína parecem ser naturalmente mais propensas à metástase – provavelmente porque a cofilina está ligada ao mecanismo responsável pela mobilidade celular. O estudo mostrou uma associação entre altos teores da proteína e uma resistência aos medicamentos cisplatina e carboplatina, normalmente usados para tratar esse tipo de câncer, o que poderá indicar aos médicos quando é necessário planejar uma terapia alternativa.
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