eduardo cesarOnça-pintada: sem espaço no Paranáeduardo cesar
O maior felino das Américas já não percorre as distâncias que costumava. As onças da Mata Atlântica do Alto Paraná vivem em fragmentos de floresta afetados por desmatamento e alagados por represas. Acredita-se que restem três populações na região, mas nenhuma das áreas é ampla o bastante para sustentar esses grandes predadores. Seria menos grave se os trechos de mata fossem conectados de maneira a funcionarem como uma área maior. Mas não é o que acontece, de acordo com o trabalho de Taiana Haag coordenado por Eduardo Eizirik, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e por Francisco Salzano, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Molecular Ecology). O estudo revelou perda de diversidade e divergência genética entre as populações. Traduzindo, isso significa que elas estão bastante isoladas umas das outras. A boa notícia é que os resultados sugerem ainda ser possível misturar essas populações. Basta ampliar e proteger as matas junto aos rios, hábitat preferido das onças dessa região.
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