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água potável

Excesso de cromo na água

Em 2008, Reginaldo Bertolo, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), detectou níveis de cromo três vezes superiores aos recomendáveis para a saúde na água do aquífero Bauru, o reservatório subterrâneo mais explorado do estado de São Paulo. Agora, em estudo publicado em novembro no Journal of South American Earth Sciences, ele e colaboradores mostraram de onde vêm os níveis de cromo que deixam a água imprópria para consumo humano. A origem é natural: no município paulista de Urânia o excesso de cromo provém dos minerais das rochas que formam o aquífero. Os valores de cromo das amostras de arenito de Urânia eram até seis vezes maiores que os de rochas do mesmo tipo colhidas em outras partes do mundo. “Pequenas quantidades de cromo liberadas pelos minerais da rocha são suficientes para tornar a água não potável”, diz Bertolo. “Isso aumenta o custo do tratamento da água e pode levar ao fechamento dos poços de abastecimento.”

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