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Biologia

Nitrogênio nos rios

piracicaba.sp.gov.brA carga de nitrogênio em rios é cada vez mais controlada por atividades humanas independentemente da escala espacial, do clima ou da região geográfica. Consequentemente, esforços de modelagem que predizem exportação de nitrogênio usam atributos que refletem atividades humanas, tais quais densidade populacional, uso do solo, urbanização e saneamento ambiental. Esses modelos têm aumentado significativamente o entendimento sobre as fontes e o destino do nitrogênio adicionado ao sistema terrestre e transportado aos sistemas aquáticos, especialmente em países desenvolvidos localizados no hemisfério Norte. Entretanto, a maioria da população mundial vive em países em desenvolvimento dos trópicos, onde os efeitos das atividades humanas sobre a carga de nitrogênio nos rios são pobremente entendidos. Em um esforço para aumentar a compreensão sobre este fenômeno, os pesquisadores L.A. Martinelli, L.D. Coletta, E.C. Ravagnani, P.B. Camargo e R.L. Victoria, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo, J.P.H.B. Ometto, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e S. Filoso, do University of Maryland Center for Environmental Science, compararam a distribuição de nitrogênio dissolvido em 32 rios brasileiros, drenando duas regiões contrastantes em termos de desenvolvimento econômico – rios do estado de São Paulo (na foto, rio Piracicaba) e da região Amazônica. Os dados incluem nitrogênio em duas formas dissolvidas, inorgânica (NID) e orgânica (NOD). Os resultados mostraram que, em ambas as áreas de estudo, a concentração de nitrogênio decresceu com o volume de água dos rios e as concentrações mais elevadas foram encontradas na região economicamente mais desenvolvida. A correlação entre as concentrações e fluxos de nitrogênio com parâmetros demográficos tais quais densidade de população demonstrou que o fluxo de nitrogênio aumenta somente após a densidade populacional atingir 10 indivíduos por quilômetro quadrado. O trabalho foi descrito no artigo “Dissolved nitrogen in rivers: comparing pristine and impacted regions of Brazil”.

Brazilian Journal of  Biology – vol. 70 – nº 3 – supl. 0 – São Carlos – Out. 2010

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