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Orçamento sem crise

Orçamento sem crise

ECMáire Geoghegan-Quinn: voto de confiançaEC

A crise do euro levou a União Europeia (UE) a uma fase de austeridade, mas os investimentos em ciência podem passar incólumes pelo arrocho. Uma proposta de orçamento apresentada pela Comissão Europeia, órgão executivo da UE, prevê um aumento de 45% nos gastos com pesquisa e inovação, passando de € 55 bilhões (o equivalente a US$ 80 bilhões) no período de 2007 a 2013 para € 80 bilhões entre 2014 e 2020. A redução nos subsídios agrícolas ajudaria a financiar a ciência. A proposta é um marco no processo que determinará o formato do sucessor do Sétimo Programa-Quadro (FP7), principal instrumento de financiamento à pesquisa do bloco, batizado de Horizonte 2020. A proposta precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos Estados membros, mas revela o sucesso da estratégia da comissária para a pesquisa da UE, a irlandesa Máire Geoghegan-Quinn. “Ela conseguiu convencer os outros comissários de que, se há um setor que precisa de mais investimento, é o da pesquisa”, diz Peter Tindemans, especialista em política científica da Euroscience, com sede em Estrasburgo. Geoghegan-Quinn disse à revista Nature que a proposta é “um grande voto de confiança na ciência”, mas exortou os pesquisadores a lutarem por sua implantação. “Os agricultores vão pressionar, então os cientistas precisam fazer o mesmo”, disse.

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