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Sem remédio

Sem remédio no horizonte

novartisSede da Novartis, em Basileia, Suíça: fim do laboratório de neurociêncianovartis

A multinacional farmacêutica Novartis está abandonando uma linha de pesquisa que procurava novos tratamentos contra doenças do cérebro. Segundo a revista Nature, a empresa vai fechar o laboratório de neurociência em Basileia, na Suíça, onde fica a sua sede. Ela segue os movimentos da GlaxoSmithKline e da AstraZeneca, do Reino Unido, que em 2010 fecharam suas divisões de neurociência. A Novartis, contudo, promete lançar no futuro programas para estudar a genética das moléstias psiquiátricas e cognitivas, na esperança de identificar novas estratégias de tratamento. O desenvolvimento de drogas para doenças cerebrais passou a ser visto como uma atividade de altíssimo risco, depois que uma série de remédios experimentais fracassou após anos de testes clínicos. “As abordagens convencionais para criar drogas para a saúde mental não obtiveram resultados nos últimas duas décadas”, diz Ken Kaitin, diretor do Centro Tufts para o Estudo do Desenvolvimento de Medicamentos, em Boston, Massachusetts. “As empresas vivem um dilema, pois a procura por medicamentos é crescente.” Há uma boa quantidade de remédios baratos, entre antidepressivos e antipsicóticos, que agem sobre alvos conhecidos, como receptores de neurotransmissores. A busca de novos alvos esbarra no ainda limitado conhecimento sobre a biologia do cérebro.

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