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cratera de Colônia

Um retrato profundo da cratera de Colônia

eduardo cesarCratera de Colônia: estrutura geológica rara, sujeita à ocupação humanaeduardo cesar

Por meio de uma força-tarefa científica, pesquisadores de São Paulo, Montpellier (França) e Berlim (Alemanha) construíram um retrato bastante rico da estrutura geológica da cratera de Colônia, localizada em Parelheiros, Zona Sul da cidade de São Paulo (Meteoritics and Planetary Science, novembro de 2011). Com formato circular, bordas que se elevam a 125 metros da planície central pantanosa e 3,6 quilômetros de diâmetro, a cratera foi descoberta acidentalmente em 1961, a partir de fotos aéreas. É o possível resultado do impacto de um meteorito ou algum outro corpo celeste de dimensões consideráveis, mas ainda não identificado. As análises das rochas e dos sedimentos não elucidaram a origem da cratera, mas indicaram que sua idade deve ser de pelo menos 2,5 milhões de anos. Agora se pode afirmar que a camada de sedimentos deve se estender até uma profundidade de 275 metros; as estimativas anteriores variavam de 285 a 400 metros. Os pesquisadores observaram que uma cratera da China descrita em 2011, embora com apenas 1,8 quilômetro de diâmetro, mostrou-se geologicamente bastante similar à de Colônia. Para os geólogos, essas e outras crateras podem conter materiais ou registros que ajudem a entender melhor as mudanças no planeta no período geológico conhecido como Quaternário, quando a Terra passou por intensas mudanças climáticas.

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