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Psicologia

Ansiedade estratégica

“Um bom desempenho escolar envolve o uso eficiente de estratégias de aprendizagem e o controle de variáveis psicológicas do aluno.” Com base nesta premissa, o artigo “Compreendendo relações entre estratégias de aprendizagem e a ansiedade de alunos do ensino fundamental de Campinas” procurou verificar as relações entre o uso de estratégias de aprendizagem e a ansiedade de 155 alunos do ensino fundamental de uma escola pública de Campinas. O estudo, que tem autoria de Elis Regina da Costa e Evely Boruchovitch, pesquisadoras da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), teve como base teórica a Psicologia Cognitiva baseada na Teoria do Processamento da Informação. A coleta de dados foi feita a partir de entrevistas estruturadas sobre estratégias de aprendizagem e uma escala de ansiedade. Participaram do estudo alunos do ensino fundamental, entre 6 a 18 anos. “A ansiedade, a motivação, as crenças sobre inteligência, a auto-eficácia e as atribuições de causalidade influenciam na utilização das estratégias de aprendizagem por parte dos alunos”, verificaram as pesquisadoras. Os resultados do estudo indicaram que a ansiedade pode tanto favorecer quanto interferir no uso adequado de estratégias de aprendizagem. “Se os estudantes tivessem a oportunidade de usar as estratégias de aprendizagem desde cedo, o aprendizado se tornaria mais complexo e flexível possibilitando um melhor controle das variáveis emocionais, como a ansiedade, e um melhor desempenho acadêmico”, concluem as pesquisadoras no artigo.

Psicologia: Reflexão e Crítica,VOL. 17, Nº 1, Porto Alegre, 2004

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722004000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

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