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Energia

Otimização hidroelétrica

Desenvolver uma metodologia flexível de dimensionamento de usinas hidroelétricas para que os diversos parâmetros que podem influenciar o processo de geração energética sejam considerados. Este é o objetivo do estudo “Dimensionamento evolutivo de usinas hidroelétricas”, de Donato da Silva Filho e Adriano Carneiro, pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos. Segundo o artigo, o dimensionamento de uma usina hidroelétrica consiste na especificação das principais características físicas da usina que determinarão sua capacidade de geração de energia. “Estas características são os volumes mínimo e máximo do reservatório, a potência instalada e as quedas de projeto e de referência das turbinas”, especificam os autores. Por conta disso, os pesquisadores apresentam uma técnica de otimização resultante da combinação entre algoritmos genéticos e um modelo de simulação da operação de sistemas hidroelétricos de potência. Além da combinação destas técnicas, a metodologia possui um esquema flexível para valorização econômica da energia gerada, capacidade de simular a operação do sistema hidroelétrico segundo diferentes políticas de operação e a opção de serem utilizadas diferentes séries de vazões afluentes. “Através desta metodologia as possíveis soluções podem ser exploradas com maior eficiência que nas buscas tradicionalmente utilizadas”, apostam os autores do estudo. “Além disso, a ferramenta de simulação permite a utilização de diferentes políticas de operação para as usinas, viabilizando assim o dimensionamento de aproveitamentos segundo diferentes formas de operar o sistema.” Os pesquisadores explicam que a construção de uma usina hidroelétrica traduz-se na realização de um grande investimento e, a partir do capital utilizado para custear a construção da usina, deseja-se que as receitas operacionais, obtidas com a venda da energia gerada ao longo da vida útil do empreendimento, proporcionem lucros. Com o estudo de caso apresentado no artigo, os pesquisadores mostraram que os benefícios energéticos de uma usina são influenciados pela política de operação utilizada nas simulações.

Sba: Controle & Automação Sociedade Brasileira de Automatica, VOL. 15, Nº4, Campinas, OUT./DEZ. 2004

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-17592004000400007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

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