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Estratégias

Os nômades e a pólio

Vacinação antipólio na África: crianças nômades são reservatórios  do vírus

Stephen Schester / U.S. Air Force Vacinação antipólio na África: crianças nômades são reservatórios do vírusStephen Schester / U.S. Air Force

Um programa de combate à poliomielite lançado na Nigéria já localizou mais de 32 mil assentamentos de populações nômades e identificou mais de
700 mil crianças, das quais aproximadamente 40 mil nunca haviam sido vacinadas. Embora apenas 3% dos 122 casos de poliomielite registrados em 2012 no país tenham ocorrido em crianças nômades, as equipes do programa descobriram mais de 100 prováveis casos que não foram relatados, reforçando a tese de que os nômades formam um importante elo na cadeia de transmissão da doença, informa reportagem da revista Nature. Junto com o Paquistão e o Afeganistão, a Nigéria é um dos últimos redutos onde a transmissão do poliovírus, o causador da poliomielite, ainda não foi interrompida.

Entre as principais barreiras para a erradicação da doença, que atinge principalmente crianças pequenas, estão os nômades, considerados “reservatórios” do vírus, espalhando-o durante as migrações. O programa National Stop Transmission of Polio (N-Stop) foi organizado pelo Global Polio Eradication Initiative, uma parceria público-privada coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, com apoio do governo nigeriano. A primeira etapa consolidará um censo do grupo nômade Fulani e outras populações de localização difícil, para que depois os programas de saúde entrem com a vacinação. A meta do governo da Nigéria é erradicar a doença até 2015.

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