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Reconhecimento

Ernst Hamburger recebe título de cidadão paulistano

Professor da USP é referência em física nuclear e divulgação da ciência

180208Ernsttv brasilO físico Ernst Wolfgang Hamburger recebe nesta segunda-feira (2 de dezembro) o título de cidadão paulistano, concedido pela Câmara Municipal de São Paulo. A entrega do prêmio acontece em sessão solene às 19 horas, no Salão Nobre da Câmara.

Nascido em Berlim há 80 anos e naturalizado brasileiro em 1956, Hamburger é professor titular aposentado do Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Especialista em física nuclear, também se tornou referência em divulgação e popularização da científica. Ajudou a criar e dirigiu por quase dez anos a Estação Ciência, centro de divulgação ligado à Universidade de São Paulo (USP).

Formado em física na Universidade de São Paulo em 1954, Ernst Hamburger obteve o PhD, com especialização em física nuclear, na Universidade de Pittsburgh, Estados Unidos, em 1959. Em 1970, tornou-se professor titular da USP, posição que ocupa até a aposentadoria compulsória, aos 70 anos de idade. Também em 1970, foi preso e processado por sua colaboração com a oposição à ditadura militar. Convidado a lecionar na Inglaterra, teve o exercício da profissão coibido pelo impedimento de sair do Brasil. Em vez do exterior, foi professor convidado na Universidade Federal da Bahia, em Salvador.

Como coordenador do curso básico de Física Geral e Experimental para as carreiras de exatas, no Instituto de Física da USP, foi um dos artífices da renovação no método de ensino científico no país. A princípio, atuou no âmbito universitário, dando ênfase a aulas práticas de laboratório para tornar o aprendizado mais desafiador. Depois, elaborou diversos projetos destinados a formação de professores do ensino básico.

Foi um dos fundadores do curso de pós-graduação interdisciplinar sobre Ensino de Ciências na USP, com pesquisas sobre o ensino de Física. De 1994 a 2003, dirigiu a Estação Ciência. Em 1994 recebeu o Premio José Reis de Divulgação Científica, concedido pelo CNPq. Também recebeu o Prêmio Kalinga de Divulgação Científica do ano 2000, concedido pela Unesco e pela Fundação Kalinga da Índia.

Atualmente, é membro dos Conselhos da Fundação Catavento, entidade que mantém o Museu de mesmo nome, que é o mais frequentado da capital paulista.

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