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Especial Biota Educação IX

Biota: biodiversidade em áreas alteradas pelo homem

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O nono e último encontro do Ciclo de Conferências Biota-FAPESP Educação, realizado em São Paulo no dia 21 de novembro, tratou dos ambientes alterados pela ação humana, como cidades e áreas agrícolas, que embora bastante degradados ainda abrigam uma grande diversidade de espécies de plantas e animais. No campus da USP da Cidade Universitária, por exemplo, vivem dezenas de espécies de aves, a apenas oito quilômetros do centro de São Paulo. Entre elas está o jacuaçu (Penelope obscura), uma ave característica da mata atlântica que emite sons semelhantes ao cacarejo das galinhas.

Hoje, no entanto, um dos grandes problemas para a sobrevivência desses animais em ambientes urbanos é que as áreas arborizadas estão cada vez menores, devido, entre outras razões, ao crescimento desordenado das cidades. No Brasil, 85% da população vive atualmente em áreas urbanas.

Já as áreas destinadas à agropecuária também podem esconder uma alta variedade de animais silvestres – mamíferos, peixes, anfíbios e aves –, geralmente não valorizados, como os da cidade. Algumas aves já estão adaptadas às matas próximas às plantações, como o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), a curicaca (Theristicus caudatus) e a maria-faceira (Syrigma sibilatrix). Estima-se que até 60% das espécies de aves originais desses ambientes vivam em paisagens agrícolas alteradas.

Para saber mais sobre esse universo biológico escondido entre prédios e plantações e os desafios relacionados a sua conservação, assista ao resumo das palestras do último encontro do Ciclo de Conferências, que contou com a participação das bióloga Elizabeth Höfling, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), e Roseli Buzanelli Torres, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e o agrônomo Luciano Martins Verdade, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP.

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