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Dados seculares

Análise de troncos de árvores ajuda a entender mudanças ambientais

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Com uma motosserra, o botânico Gregório Ceccantini, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), corta o tronco de uma peroba-rosa morta e observa o disco de madeira que obtém. Além desses discos, ele e sua equipe também retiram amostras dos troncos de diversas espécies de árvores tropicais vivas.

“Pegamos as árvores vivas, contamos os anéis ano a ano, depois aplicamos a matemática para conseguir identificar qual é o ano do calendário correto. Uma vez que tivermos o ano do calendário e a sequência de padrões de anéis, emendamos aqueles anos (das árvores vivas) com os anos das árvores mortas. E assim podemos chegar a 200, 300 anos atrás”, explica Ceccantini.

Os pesquisadores acreditam que as informações sobre o clima, como aspectos relacionados à atmosfera e à composição da chuva, estão registradas nas árvores. Essa metodologia visa recuperar essas informações para tentar compreender tanto a velocidade quanto a intensidade das mudanças ambientais nas nossas florestas ao longo dos últimos séculos.

Para saber mais sobre o assunto, leia a reportagem Os círculos do tempo, publicada na edição 213 da revista Pesquisa FAPESP.

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