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Seres bizarros

Mais esponjas carnívoras

A esponja Asbestopluma monticola, coletada em um vulcão extinto da costa da Califórnia

MBARIA esponja Asbestopluma monticola, coletada em um vulcão extinto da costa da CalifórniaMBARI

Foi uma mordida e tanto. Durante vinte anos apenas sete espécies de esponjas carnívoras tinham sido identificadas, mas agora pesquisadores dos Estados Unidos e do Canadá, de uma só vez, apresentaram quatro novas espécies desses seres bizarros, que vivem no fundo do mar na costa do Pacífico (Zootaxa, abril). Os filamentos que cobrem as esponjas consistem de ganchos microscópicos que capturam crustáceos e outros organismos pequenos, e em algumas horas as células das esponjas começam a digerir a caça. Depois de alguns dias, resta apenas uma carcaça vazia. Biólogos do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterrey (MBARI), na Califórnia, Estados Unidos, filmaram e coletaram as esponjas no fundo do mar. Depois, em laboratório, encontraram numerosos crustáceos em estágios variados de decomposição na cabeleira de duas espécies, Cladorhiza caillieti e Cladorhiza evae. Normalmente as esponjas se alimentam filtrando bactérias e outros microrganismos da água do mar. Não é o caso das novas espécies, algumas com espículas, como a Asbestopluma rickettsi, encontrada entre comunidades de moluscos e vermes no sul da Califórnia, e outras sem, como a Asbestopluma monticola, coletada pela primeira vez em um vulcão extinto da costa da Califórnia.

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