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Cbers 4

Satélite em órbita

Armação dos Búzios vista pelo satélite sino-brasileiro Cbers 4

inpeArmação dos Búzios vista pelo satélite sino-brasileiro Cbers 4inpe

O Cbers-4, satélite de recursos terrestres fruto de uma cooperação entre Brasil e China, foi lançado com sucesso no dia 7 de dezembro da base de Taiyuan, na China, a 700 quilômetros de Pequim. As primeiras imagens da câmera multiespectral MUX registraram, já no dia seguinte ao lançamento, a região de Armação dos Búzios, no litoral fluminense. A MUX, desenvolvida e produzida no Brasil, tem resolução de 20 metros e registra imagens em faixas distintas, no azul, verde, vermelho e infravermelho para uso em aplicações como o controle de recursos hídricos e florestais. O Brasil também é responsável pela câmera WFI, capaz de fazer revisitas frequentes e talhada para monitoramento e vigilância. Já a China é responsável pelo imageador IRS, um sensor de varredura mecânica com resolução espacial de 40 metros na banda pancromática, e o PAN, de melhor resolução, com apenas 5 metros nessa mesma banda. As imagens terão diversas aplicações, como monitorar o desmatamento da Amazônia, mapear a atividade agrícola e a expansão das cidades, além de estudar bacias hidrográficas. A partir de março, quando se encerra a fase de testes, as imagens deverão ser disponibilizadas a usuários no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A cooperação entre Brasil e China remonta a 1999, quando foi lançado o primeiro satélite Cbers. Mas a série de imagens foi interrompida em 2010, quando o terceiro satélite da família, o Cbers 2-B, deixou de funcionar. Deveria ter sido retomada em 2013, mas o Cbers-3, de nova geração, não conseguiu entrar em órbita, devido a uma falha no foguete chinês. Segundo o Inpe, responsável pela construção do satélite, o Brasil investiu no Cbers-3 e no Cbers-4 cerca de R$ 320 milhões em contratos com a indústria nacional.

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