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Agência contra o ebola

Técnicos fazem testes para confirmar casos de ebola em laboratório na Libéria

Randal J. SchoeppTécnicos fazem testes para confirmar casos de ebola em laboratório na LibériaRandal J. Schoepp

A União Africana, que congrega 54 países do continente, vai criar até julho uma agência de combate ao vírus ebola. Com sede em Adis Abeba, na Etiópia, os African Centres for Disease Control and Prevention (ACDC) contarão com uma rede de laboratórios espalhados por vários países, nos moldes do European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), em Estocolmo. A ACDC terá um orçamento de US$ 6,9 milhões até dezembro de 2016 e 11 funcionários. Segundo especialistas ouvidos pela revista Nature, as condições iniciais do projeto estão muito aquém do que seria necessário para colocar em operação uma agência de saúde com atuação em todo o continente. “O orçamento e o quadro de funcionários são desproporcionais aos objetivos da agência”, disse Lawrence Gostin, professor de Saúde Pública da Universidade de Georgetown, em Washington. Em editorial, a Nature classificou o projeto como oportuno, mas de formato inadequado:“É bem-vinda a ideia de um centro para o controle do ebola em todo o continente. Mas para que ela sobreviva e deixe de ser apenas uma promessa são necessários mais recursos”. O editorial cita a estrutura do norte-americano Centers for Disease Control and Prevention (CDC), que iniciou as atividades em 1946 com um orçamento de US$ 120 milhões e hoje, com 15 mil funcionários, gasta US$ 7 bilhões por ano. Mais de 10 mil pessoas morreram na epidemia de ebola que atingiu a África Ocidental a partir de março de 2014.

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