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obesidade

O peso da comida ultraprocessada

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LEON BROOKS / WIKIMEDIA COMMONS Alimentos ultraprocessados: tendência a ganhar pesoLEON BROOKS / WIKIMEDIA COMMONS

Um estudo recente do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens-USP), feito a partir de dados fornecidos por 30.243 brasileiros com mais de 10 anos durante o Inquérito Nacional de Alimentação entre 2008 e 2009, mostra que 30% da energia obtida (na forma de comida) pelos entrevistados vinha de produtos altamente processados, como pães, pizzas, hambúrgueres, bebidas adoçadas, doces e bolachas produzidos pela indústria de alimentos (Preventive Medicine, julho 2015). Ao dividir e analisar a amostra total em grupos menores, separados pela quantidade de alimentos processados consumidos, os pesquisadores verificaram que os indivíduos adeptos de uma dieta rica em produtos industrializados – aqueles que retiravam ao menos 44% de sua energia de comidas prontas para comer – tinham índices mais elevados de massa corporal em relação às pessoas menos acostumadas a ingerir esse tipo de alimento. Os mais adeptos da comida pronta também apresentaram riscos, do ponto de vista estatístico, significativamente maiores de serem obesos ou de estar ao menos com sobrepeso. Segundo o trabalho, as comidas industrializadas, fabricadas a partir do processamento posterior de constituintes dos alimentos ou por meio de síntese química, tendem a ser agradáveis ao paladar das pessoas e a estimular seu consumo excessivo.

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