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Prêmio

Clima de reconhecimento

Podcast: Carlos Nobre

 
     
O meteorologista Carlos Nobre, de 65 anos, foi agraciado com o Volvo Environment Prize, que reconhece contribuições científicas notáveis ou inovações no campo do meio ambiente e da sustentabilidade. Mais de duas décadas atrás, ele formulou a hipótese da savanização da Amazônia, entendida como a transformação progressiva da floresta tropical em uma paisagem mais rala, semelhante às savanas africanas, em resposta aos desmatamentos. Nobre foi pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de 1983 a 2012, onde comandou o Centro de Ciência do Sistema Terrestre e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Foi coordenador do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) entre 1996 e 2002 e do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais entre 2008 e 2011. Até recentemente, presidiu a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Participou como autor de vários relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), em particular do Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, de 2007. “Mais até que o reconhecimento pessoal, é o reconhecimento da excelência da pesquisa que se faz no Brasil voltada para os estudos climáticos e ambientais, especificamente na Amazônia”, disse Nobre ao site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Ele receberá o prêmio em novembro em uma cerimônia em Estocolmo, na Suécia. O Volvo Environment Prize já foi concedido a economistas, biólogos, urbanistas e físicos – entre os quais dois vencedores do Prêmio Nobel, o químico Mario Molina e o economista Muhammad Yunus. Em 2000, o físico José Goldemberg, presidente da FAPESP, foi o agraciado.

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