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Nobel de Literatura

O tempo e a memória de um nipo-britânico

Jeff Cottenden Kazuo IshiguroJeff Cottenden

O escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro, de 62 anos, levou a honraria deste ano. Ele nasceu em Nagasaki, no Japão, e mudou-se para a Inglaterra aos 5 anos. Ishiguro, que escreve em inglês, é autor de oito livros, o primeiro deles publicado em 1982. Vestígios do dia (1989), vencedor do Booker Prize, e Não me abandone jamais (2005) foram adaptados para o cinema. No Brasil, a Companhia das Letras edita sua obra e publicou cinco livros, entre eles Quando éramos órfãos (2000), Noturnos (2009) e O gigante enterrado (2015), seu mais recente trabalho. Segundo a Academia Sueca, a memória, o tempo e a desilusão de si próprio são temas marcantes na trajetória literária do escritor. Após o anúncio, Sara Danius, secretária da academia, explicou que, em sua obra, Ishiguro demonstra uma preocupação em compreender o passado “não para o redimir, mas para revelar o que temos de esquecer para podermos sobreviver enquanto indivíduos e enquanto sociedade”. Em entrevista publicada no site do Prêmio Nobel, o escritor mostrou-se surpreso por ter ganho o reconhecimento no ano seguinte a Bob Dylan, seu herói desde os 13 anos. Ishiguro deu uma palestra na Universidade de São Paulo (USP) há cerca de 20 anos, a convite do Conselho Britânico.

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