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História

Em Washington, raridades sobre o Brasil

Nathalia HenrichCerca de 60 mil itens que podem interessar a pesquisadores de literatura e história brasileira e portuguesa estão novamente disponíveis na Biblioteca Oliveira Lima, da Universidade Católica da América, em Washington, Estados Unidos. Reaberta em 31 de janeiro, após dois anos fechada, a biblioteca formada pelo diplomata, escritor e jornalista pernambucano Manoel de Oliveira Lima (1867-1928), um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, tem em seu acervo 6 mil livros raros e 600 obras de arte, além da correspondência trocada com intelectuais e políticos brasileiros e estrangeiros. “Estamos reestruturando o espaço e transformando-o em um centro de estudos brasileiros e ibero-americanos”, explica a astrônoma brasileira Duília de Mello, vice-reitora da universidade e responsável pela reabertura da biblioteca. O centro deverá funcionar de modo articulado com departamentos da instituição, buscando ampliar o intercâmbio com universidades brasileiras em pesquisas sobre políticas públicas, diplomacia, estudos ibero-americanos, história do Brasil, cultura e língua portuguesa. A socióloga brasileira Nathalia Henrich, pesquisadora da biblioteca e curadora interina da coleção, trabalha em uma biografia de Oliveira Lima. Criada em 1916, a biblioteca começou a funcionar em 1924, quando foram reunidos os livros do diplomata espalhados pelos países em que viveu com a mulher, Flora. Uma das raridades é o livro Rervm per octennivm in Brasilia, de 1647, do qual há três cópias no mundo. Escrito pelo holandês Gaspar Barleus, relata episódios da vida de Maurício de Nassau em Pernambuco.

Texto atualizado em 08/05/2018.

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