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Medicina

Moldes guiam a regeneração dos neurônios

Molde tridimensional de medula espinhal com 2 milímetros de diâmetro, impresso em hidrogel

Jacob Koffler e Wei Zhu/UCSD

Neurocientistas e especialistas em nanoengenharia da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, desenvolveram moldes tridimensionais compatíveis com os tecidos vivos que, no futuro, talvez possam tratar lesões na medula espinhal. Usando uma técnica de impressão rápida em 3D, o grupo de Shaochen Chen esculpiu em menos de 2 segundos moldes de hidrogel de 2 milímetros de diâmetro da medula de ratos. Em seguida, a equipe do neurocientista Mark Tuszynski preencheu os moldes com células-tronco capazes de gerar neurônios e os implantou em ratos com lesão na medula espinhal. Após meses, tecido novo havia crescido no local da lesão, reconectando as partes separadas da medula e permitindo aos roedores recuperar parte do movimento das patas traseiras (Nature Medicine, 14 de janeiro). Os moldes funcionam como pontes: têm canais micrométricos que guiam o crescimento das células-tronco e dos axônios (prolongamentos dos neurônios) em regeneração, conectando a parte saudável da medula com a que havia degenerado. “O molde parece proteger as células-tronco do ambiente inflamatório da lesão”, disse Jacob Koffler, um dos autores do estudo. Os pesquisadores dizem ser possível fazer moldes maiores. Ainda falta avaliar se funcionaria em seres humanos.

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