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Engenharia

Sustentáveis apenas em longas viagens

David C. Bowman/Nasa Langley Os engenheiros David North (à esq.) e Bill Fredericks transportam protótipo de VTOL da Nasa para testeDavid C. Bowman/Nasa Langley

Os chamados veículos aéreos de decolagem e pouso verticais (VTOLs) talvez possam em alguns anos ajudar a reduzir os congestionamentos e a melhorar a qualidade do ar nos grandes centros urbanos do mundo. A conclusão consta de um estudo coordenado por pesquisadores do Centro de Sistemas Sustentáveis da Universidade de Michigan e da fabricante de automóveis Ford, ambos nos Estados Unidos. Eles analisaram a demanda energética e os níveis de emissão de gases de efeito estufa relacionados às cinco fases de voo (da decolagem à aterrissagem) desses veículos, apelidados de carros voadores. Os resultados foram comparados com os de carros elétricos e os de carros movidos a combustíveis fósseis (Nature Communications, 9 de abril). As análises, baseadas em dados de protótipos de VTOLs, indicam que essas aeronaves consomem muita energia na decolagem, na ascensão, na descida e na aterrissagem. São relativamente eficientes apenas na fase de cruzeiro, quando viajam a velocidades que vão de 240 a 320 quilômetros por hora. Com base nessas informações, os pesquisadores argumentam que, por ora, esses VTOLs só seriam sustentáveis caso voassem lotados (com um piloto e três passageiros), em viagens com distância superior a 100 quilômetros (km). Nesse caso, emitem 52% menos poluentes do que veículos movidos a gasolina e 6% menos do que os carros elétricos. Em viagens de menos de 35 km, os carros convencionais ainda são mais eficientes.

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