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Fuga de cérebros

Ameaças de demissão na Rússia

A notícia de que o governo da Rússia pretende demitir, nos próximos três anos, cerca de 10 mil pesquisadores vinculados a órgãos públicos deixou apreensiva a comunidade científica do país. A maior parte das demissões deve acontecer em institutos ligados à Academia Russa de Ciências, informou a revista Science. Os cortes representariam 17% da força de trabalho dos institutos, que atualmente empregam mais de 49 mil pesquisadores. A medida está sendo preparada pela Agência Federal de Organizações Científicas (Faso, em inglês), órgão criado em 2013 para gerenciar e regulamentar a atividade de pesquisa realizada por institutos federais. Recentemente, a agência anunciou que cortará gastos para tornar os institutos mais enxutos e eficientes. Em carta aberta ao presidente Vladimir Putin, cerca de 150 pesquisadores criticaram a proposta. Segundo eles, as reformas previstas podem comprometer a imagem da ciência russa e provocar uma fuga de cérebros sem precedentes. Uma fonte do Kremlin ouvida pela Science disse que o governo se preocupa com os cientistas e dará “grande atenção” ao caso.

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