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CEPID

Um mercado diversificado e bastante promissor

Centro de Materiais Cerâmicos investirá na formação de profissionais

O Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos é formado por pesquisadores de cinco instituições distintas: a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Estadual Paulista (Unesp/Araraquara), a Universidade de São Paulo (USP/São Carlos), o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/CNPq) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/São Paulo). A equipe, que tem como quartel-general o Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica da UFSCar, já participa de projetos conjuntos há alguns anos, tendo sido a ela atribuída a condição de Grupo de Excelência pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, no âmbito do Programa Pronex/Finep.

No Centro, a equipe estará dividida para cumprir duas tarefas: desenvolver pesquisa básica e buscar interação com a indústria. “Temos uma abertura razoável em relação ao setor produtivo. Atuamos na área de cerâmica elétrica com, por exemplo, capacitores cerâmicos, cerâmica refratária, pisos e azulejos, além de desenvolver pesquisas com partículas e filmes finos”, explica Elson Longo da Silva, diretor.

O Centro terá forte atuação na área de formação de profissionais do setor, como, por exemplo, daqueles responsáveis pela aplicação e colocação de pisos e azulejos. “O problema, na maioria das vezes, não é a qualidade do piso, mas a colocação que não leva em conta o espaço para a dilatação”, justifica Longo. O programa será desenvolvido em parceria com o Senai. “Pretendemos usar a Internet, manter uma home page e utilizar o Centro de Ciências da Unesp e de outras universidades para melhorar a produção cerâmica no país”, diz Longo.

Com o apoio da FAPESP, além de ampliar a atuação no estado, o grupo pretende estender seu trabalho também às maiores regiões produtoras de cerâmica do país. “Metade da produção brasileira está em São Paulo, mas os exportadores estão no Sul”, justifica. Já estão sendo firmados convênios para a realização de cursos de mestrado e doutorado em Cerâmica e Metalurgia no Maranhão. “Também vamos estreitar relações com a Paraíba e o Rio Grande do Norte com a mesma finalidade”, adianta Longo. O Nordeste, ele explica, tem fontes de argila de alta qualidade, principalmente para a cerâmica artística, uma matéria-prima praticamente esgotada em São Paulo.

Está prevista, ainda, a implementação de um Centro Cerâmico no Brasil, em parceria com as indústrias de piso e azulejo. De acordo com parecer de um dos especialistas responsáveis pela proposta, o Centro representará um grande passo à frente. “As áreas de trabalho definidas pelo grupo são vitais para o progresso e a ampliação da atividade da indústria no Brasil. O financiamento a este Centro permitirá que os pesquisadores avancem na consolidação de uma atividade de nível internacional. Ele deverá significar um impulso para a ciência cerâmica e a engenharia no país. Trata-se de um proposta notável.”

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