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Bolsas

Apoio reforçado

Programa Novas Fronteiras ampliará estágios no exterior

A FAPESP lançou o Programa Novas Fronteiras para apoiar estágios de longa duração de pesquisadores em centros de excelência no exterior, em áreas de conhecimento ainda não consolidadas no Estado de São Paulo. Por essa via, a Fundação quer ampliar a política de pós-doutoramento, definida em 2001. Por meio do Novas Fronteiras, serão concedidas anualmente até 20 bolsas – por um período de 12 meses e no valor de US$ 25 mil anual – a pesquisadores que tenham obtido seu doutorado há até dez anos e tenham vínculo empregatício firme com instituições de pesquisa paulistas. Desde 2001, as bolsas de pesquisa no exterior tinham duração máxima de cinco meses.

Essas novas bolsas não incluem benefícios suplementares para cônjuges e filhos, e poderão ser complementadas por outras modalidades de apoio eventualmente obtidas em agências e instituições estrangeiras. O custo anual do programa está orçado em US$ 500 mil. Critérios decisivos para a concessão de bolsas serão a qualidade do projeto de pesquisa, a relevância da implantação da área de investigação no estado, o grau de excelência do centro em que se realizará o estágio e o histórico científico e acadêmico do candidato. Serão analisadas apenas as solicitações de candidato cujas instituições se comprometerem, expressa e formalmente, a conceder afastamento com vencimento durante o período do estágio e a garantir a continuidade de sua linha de pesquisa.

Núcleos de excelência
O Novas Fronteiras flexibiliza a política de apoio ao pós-doutoramento adotada pela FAPESP, em 2001, com o objetivo de propiciar aos pesquisadores formação e aperfeiçoamento de qualidade e multiplicar os núcleos de excelência em pesquisa no estado. A intenção era estimular a inserção dos recém-doutores nos grupos de pesquisa paulistas e incentivar a realização de estágios de aperfeiçoamento no exterior articulados com o desenvolvimento de projetos de pesquisa em São Paulo. Para tanto, a FAPESP aumentou o valor das bolsas de pós-doutoramento no Brasil e estendeu o seu prazo de concessão de dois para três anos e, em alguns casos, até quatro anos.

Foram priorizadas as bolsas vinculadas a projetos temáticos, aos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid), a programas como Jovens Pesquisadores, Genoma e Biota. O resultado foi que o número de bolsas de pós-doutoramento saltou de 546, em 2000, para 845, em 2003, concentradas em grupos de excelência. Levando em conta a importância do intercâmbio dos jovens doutores com grupos de pesquisa no exterior, a FAPESP não deixou de financiar estágios de pesquisa no exterior, de curta e média duração. No entanto, a comunidade científica paulista passou a reivindicar o apoio a estágios no exterior de longa duração, nas áreas de fronteira ainda não bem implantadas no estado. Para atender a essa demanda foi criado o programa Novas Fronteiras.

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