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Boas práticas

Mais fraudes do que erros

Uma análise publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que más condutas científicas, como fraudes e plágios, são causas mais frequentes da retratação de artigos por periódicos científicos do que erros não intencionais. Arturo Casadevall, professor de microbiologia e imunologia do Albert Einstein College of Medicine analisou 2.047 artigos desqualificados por revistas médicas que os publicaram. Concluiu que 67% dos casos foram causados por má conduta, sendo 43,4% atribuídos a fraudes, 14,2% a publicações duplicadas e 9,8% a plágio. Apenas 21% do total estavam relacionados a erros não intencionais. Os 12% restantes não puderam ser qualificados, uma vez que boa parte das publicações não costuma informar a razão da retratação. A maioria dos casos de má conduta envolvia grandes revistas, como Science, Nature e Cell, o que, segundo Casadevall, sugere uma correlação entre a ocorrência de fraudes e o alto fator de impacto das publicações. A conclusão do artigo contradiz a de dois estudos publicados em 2006 e em 2011, que apontaram os erros como causa mais frequente de retratação de artigos.

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