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Cotas

Cotas para estrangeiros

Propaganda do referendo: mercado de trabalho na Suíça ficou restrito

MICHAEL BUHOLZER / AFP PHOTOPropaganda do referendo: mercado de trabalho na Suíça ficou restritoMICHAEL BUHOLZER / AFP PHOTO

Metade dos pesquisadores que trabalham em universidades e empresas da Suíça são estrangeiros. A vida deles promete ficar complicada, agora que eleitores suíços decidiram limitar a entrada de cidadãos de países da União Europeia (UE) em seu mercado de trabalho. Aprovado por pequena margem de votos, o referendo foi sugerido pelo partido de direita União Democrática de Centro (UDC) e estabelece um sistema de cotas para a entrada de estrangeiros. Embora não faça parte da UE, a Suíça mantém acordos com o bloco e se tornou parceiro fundamental em programas de pesquisa, como o Horizon 2020, lançado em janeiro. O programa disponibilizará € 80 bilhões nos próximos seis anos para pesquisas em áreas como biotecnologia, saúde e transporte. Desse total, € 3,5 bilhões seriam bancados pela Suíça, mas a parceria poderá ser desfeita. Isso porque o resultado do referendo fere um acordo bilateral de livre circulação de pessoas que permite a cidadãos da Suíça e da União Europeia trabalharem e viverem em qualquer um dos 28 países do bloco e várias nações associadas. Logo após o resultado do referendo, os negociadores da UE cancelaram uma reunião com suíços a respeito do Horizon 2020. Pesquisadores estrangeiros ainda poderão participar do Horizon 2020, mas deverão ser impedidos de receber bolsas do Conselho Europeu de Pesquisa.

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