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Máquinas biológicas

Sensor autônomo

Tecnociencia_221aDaniel BuenoEngenheiros da Universidade de Illinois, Estados Unidos, desenvolveram uma nova classe de robôs de menos de um centímetro a partir de células musculares que podem ser controladas por uma corrente elétrica. O trabalho foi publicado em junho na versão on-line da revista PNAS. As pequenas máquinas biológicas foram fabricadas em uma impressora 3D utilizando hidrogel – um polímero com consistência similar à de uma gelatina, que retém água em sua estrutura – e células vivas. Anteriormente, o grupo de pesquisadores, liderado por Rashid Bashir, havia apresentado “biorrobôs” elaborados a partir de células cardíacas extraídas de ratos. No entanto, como as células do coração se contraem constantemente, os pesquisadores tinham dificuldade de controlar os movimentos do robô, que se locomovia por conta própria. Dessa vez, as minúsculas máquinas são alimentadas por uma faixa de células do músculo esquelético, que são acionadas por pulso elétrico. Os pesquisadores querem integrar princípios da engenharia com a biologia no desenvolvimento de tecnologias com aplicação médica. A técnica pode ser usada, por exemplo, na fabricação de um dispositivo que só funciona quando uma certa substância química é detectada ou por meio de um determinado estímulo. Na forma de um sensor autônomo, seria capaz de perceber a presença de uma toxina no organismo, mover-se até ela e liberar algum agente para neutralizá-la.

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