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Mercado de trabalho

Sólida formação

Levantamento feito pela Oxford Economics mostra que profissionais especializados farão a diferença em 2020

No final desta década haverá uma diversidade jamais vista em locais de trabalho. Várias gerações estarão trabalhando juntas, com diferentes competências, experiências, hábitos e motivações. É o que mostra um estudo realizado pela Oxford Economics, uma consultoria ligada à Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com a SAP, empresa alemã desenvolvedora de softwares empresariais, chamado Workforce 2020. Segundo a pesquisa, a procura por competências avançadas em tecnologias, como software para análise de dados e em nuvem, deverá crescer no mundo todo – e no Brasil não será diferente. Os dados apontam que haverá uma maior demanda por profissionais especializados nessa área, com sólida formação acadêmica, a exemplo do que já ocorre hoje. Mestrandos e doutorandos são os profissionais mais requisitados para preencher vagas como desenvolvedores de softwares.

A pesquisa foi feita com 2.718 executivos e 2.872 funcionários de empresas de vários setores de 27 países durante o segundo trimestre de 2014. Entre os entrevistados no Brasil, 58% dos funcionários responderam que as companhias nas quais trabalham fornecem as ferramentas adequadas para ajudá-los a evoluir e melhorar o seu desempenho profissional. No entanto, 53% esperam ser proficientes em ferramentas analíticas no futuro, em comparação com apenas 22% que dizem ter hoje essa competência.

O levantamento mostra ainda que as empresas no Brasil enfrentarão uma crise de talentos no mercado de trabalho. Na avaliação dos entrevistados que participaram da pesquisa, entre os quais estão executivos de empresas de vários setores, as cinco principais mudanças que afetam o futuro do mercado de trabalho brasileiro são: dificuldade de recrutar profissionais com competências básicas (66%), globalização da oferta de mão de obra (58%), maior número de funcionários sazonais/temporários (56%), aumento do número de consultores (55%) e envelhecimento da força de trabalho (50%). A pesquisa aponta ainda que há uma grande discrepância entre o que pensam patrões e empregados sobre remuneração competitiva: 70% dos funcionários a apontam como o item mais valorizado em termos de benefícios e incentivos, enquanto apenas 35% dos executivos citam esse ponto como algo que a empresa oferece de forma ampla.

Como em outras regiões do mundo que também participaram da pesquisa, os executivos brasileiros parecem não entender bem a geração millennials, ou geração Y – nascida entre 1980 e 2000 –, altamente conectada às novas tecnologias. Em um dos pontos abordados na pesquisa, 56% dos empresários entrevistados disseram que os millennials desejam ter mais feedback sobre o trabalho, diante de 40% dos entrevistados dessa geração.

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