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astronomia

Galáxias moribundas

Velhas e quase mortas: galáxias gigantes ricas em estrelas vermelhas cessam a produção estelar a partir do centro

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As imensas galáxias conhecidas como vermelhas e mortas, por causa da coloração predominante das estrelas muito antigas que as compõem, parecem não estar tão mortas assim. Sandro Tacchella, do Instituto de Astronomia de Zurique, na Suíça, e seus colaboradores analisaram imagens de 22 dessas galáxias e viram que essas gigantes vermelhas não se tornaram inativas. Na realidade, elas continuam a gerar estrelas, mas em outras regiões. Quando jovens, essas galáxias originavam uma quantidade enorme de estrelas em seu miolo. Aos poucos, a produção foi transferida para zonas cada vez mais periféricas –  um processo que, estima-se, deve levar bilhões de anos (Science, 17 de abril). Em outro trabalho, o grupo de Andra Stroe, do Observatório de Leiden, na Holanda, e David Sobral, que além de Leiden é da Universidade de Lisboa, em Portugal, identificou um fenômeno que pode representar uma breve recuperação de fôlego para essas galáxias. A fusão de galáxias menores gera uma onda de choque que se espalha feito um tsunami e leva à produção de uma nova geração de estrelas (Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 23 de abril). É possível, porém, que a imensa quantidade de gás liberada nesse processo deixe a galáxia exaurida e, portanto, ainda mais vermelha e moribunda.

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