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Orçamento

Novos rumos na Antártida

Pesquisador da Universidade de Rochester mede testemunho de gelo do glaciar Taylor

Vassili Petrenko / Rochester UniversityPesquisador da Universidade de Rochester mede testemunho de gelo do glaciar TaylorVassili Petrenko / Rochester University

Um relatório das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos propôs mudanças na estratégia científica do país na Antártida, que envolve uma comunidade de 450 pesquisadores. O estudo foi encomendado pela National Science Foundation (NSF), que investe US$ 70 milhões por ano em projetos de pesquisa e US$ 255 milhões em infraestrutura e logística no continente gelado. Em linhas gerais, sugere a manutenção da linha de pesquisa que atende à demanda espontânea dos pesquisadores. Mas advoga a criação de três novas linhas para induzir estudos em mudanças climáticas, com ênfase na perda da massa de gelo; em genômica, a fim de ampliar o conhecimento sobre as espécies da região; e no estudo de raios cósmicos, por meio de experimentos que vêm sendo realizados no polo Sul e nos Andes. Os temas foram selecionados por sua relevância científica e também pelo possível impacto social e a capacidade de atrair parceiros, entre os quais agências e instituições internacionais, disse à revista Nature a glaciologista Robin Bell, pesquisadora da Universidade Colúmbia e uma das responsáveis pelo documento. Em tempos de orçamentos enxutos, projetos muito dispendiosos foram desaconselhados, tais como a segunda geração do IceCube, rede de detectores subterrâneos instalados perto do polo Sul voltada para observação de neutrinos, partículas produzidas em explosões estelares. Segundo o relatório, os gastos em logística de um novo IceCube poderiam inviabilizar o apoio a outros projetos importantes.

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