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Taubatherium paulacoutoi

Velho mamífero de Taubaté

Reconstituição total do esqueleto de T. paulacoutoi, exposto em Taubaté

GRAZIELA DO COUTO RIBEIROReconstituição total do esqueleto de T. paulacoutoi, exposto em TaubatéGRAZIELA DO COUTO RIBEIRO

O mamífero extinto Taubatherium paulacoutoi, que viveu entre 23 e 24 milhões de anos atrás na área hoje ocupada pela Formação Tremembé na bacia de Taubaté, no lado paulista do Vale do Paraíba, foi estudado em detalhes pela paleontóloga Graziella do Couto Ribeiro durante a realização de seu doutorado, defendido em setembro deste ano no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP). A partir da análise de 490 dentes e ossos de vários exemplares da espécie, cujos primeiros fósseis foram descobertos nos anos 1970 pelo paleontólogo Herculano Alvarenga, Graziella realizou a descrição anatômica e comparativa do esqueleto. O estudo revelou que o T. paulacoutoi, pertencente à família extinta de ungulados denominada leontinídeos, tinha aproximadamente 1,80 metro de comprimento e 80 centímetros de altura e pesava entre 280 e 350 quilos. Era, portanto, comparável em tamanho e massa corpórea a uma espécie moderna de equídeo (cavalos, jumentos e zebras). “Essas características corroboram a hipótese de ele ter sido um herbívoro de hábitos gregários, que vivia em bandos à beira de um paleolago”, afirma a pesquisadora. O trabalho possibilitou ainda a reconstituição, pela primeira vez, de um esqueleto completo da espécie, agora exposto no Museu de História Natural de Taubaté (MHNT), do qual Graziella é pesquisadora e Alvarenga, fundador e diretor-presidente. T. paulacoutoi faz parte da fauna de mamíferos extinta da bacia de Taubaté, que contava com espécies endêmicas.

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