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Nobel de economia

Uma teoria da contabilidade mental

Ican/Flickr Richard H. ThalerIcan/Flickr

Por seus estudos pioneiros em um campo conhecido como economia comportamental, o norte-americano Richard H. Thaler, de 72 anos, foi agraciado com o Nobel. Professor emérito de economia e ciências comportamentais da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, Thaler incorporou suposições psicologicamente realistas ao processo de tomada de decisões econômicas e desenvolveu uma teoria da contabilidade mental. Suas análises levam em conta três traços psicológicos que sistematicamente influenciam pessoas em suas decisões econômicas: racionalidade limitada, percepções sobre equidade e falta de autocontrole. Segundo sua teoria de contabilidade mental, as pessoas simplificam suas decisões financeiras e criam contas separadas em suas mentes nas quais privilegiam o pequeno impacto de cada decisão individual em vez de seu efeito geral. Outro ponto importante de sua contribuição explora a tensão interna que existe nas pessoas entre o planejamento de longo prazo (como poupar para aposentadoria) e as ações de curto prazo (comprar produtos para satisfação imediata). Nesse contexto, Thaler produziu estudos que mostram como o conceito de nudging – às vezes traduzido como arquitetura de escolha ou simplesmente um empurrãozinho – leva as pessoas a tomar a decisão que se quer estimular, sem, no entanto, que ela tenha de receber algum tipo de incentivo direto ou seja coagida a agir assim.

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