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genética

Uma superfamília de 13 milhões de pessoas

Universidade Columbia Árvore genealógica de 6 mil indivíduos de sete geraçõesUniversidade Columbia

Treze milhões de pessoas ligadas por laços de sangue ou casamento ao longo de cinco séculos integram a maior árvore genealógica já construída. A partir de informações de 86 milhões de pessoas disponíveis no site de genealogias Geni.com, o geneticista Yaniv Erlich, pesquisador da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, selecionou nomes e dados sobre gênero, data e lugar de nascimento e morte de 13 milhões de indivíduos (a maioria de ascendência europeia) de 11 gerações. As informações da gigantesca árvore genealógica permitiram, por exemplo, estimar quanto os genes influenciam a longevidade: eles explicam apenas 16% da duração da vida, menos que os 25% estimados anteriormente em um estudo com gêmeos na Escandinávia. A maior parte é determinada por fatores ambientais e comportamentais (Science, 1º de março). Por exemplo, ter genes favoráveis à longevidade aumentaria em cinco anos o tempo de vida, enquanto fumar pode encurtá-la em 10 anos. A análise da mega-árvore genealógica permitiu observar flutuações na expectativa de vida associada a fatores históricos, como a Primeira e a Segunda guerras mundiais, ou socioeconômicos, como o aumento da sobrevida infantil a partir de 1900. O estudo coordenado por Erlich, hoje pesquisador-chefe da empresa My Heritage, dona do Geni.com, indica ainda que o casamento entre parentes próximos diminuiu a partir de 1850, possivelmente por ter se tornado tabu, e como os seres humanos se dispersaram pelo planeta nos últimos 500 anos. Esse estudo e outros em andamento podem ajudar a identificar genes que aumentam o risco de doenças.

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