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Boas práticas

CNRS cria escritório de integridade científica

O Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), da França, vai montar um escritório para investigar casos de suspeita de má conduta, que será chefiado pelo físico teórico Rémy Mosseri. O CNRS é a maior instituição de pesquisa básica da Europa. Com um orçamento anual de € 3,3 bilhões (o equivalente a R$ 14,5 bilhões), congrega mais de mil laboratórios e emprega cerca de 15 mil pesquisadores, 14 mil engenheiros e 4 mil técnicos. O escritório de integridade científica terá um staff de cinco funcionários e responderá diretamente ao presidente da organização, cargo hoje ocupado pelo matemático Antoine Petit.

A decisão de criar uma instância permanente de investigação coincidiu com um recuo do CNRS em um caso de má conduta. Em 2015, o comitê disciplinar da instituição responsabilizou o biólogo Olivier Voinnet por manipulação de imagens em quatro artigos científicos e o suspendeu de seus quadros por dois anos. Agora, o caso foi reavaliado e se concluiu que Voinnet, embora fosse líder do grupo de pesquisa, não participou nem teve conhecimento da manipulação. A criação do escritório do CNRS também reflete a preocupação crescente com a má conduta científica no país. Em 2017, foi fundado o Escritório Francês de Integridade Científica, um órgão nacional para promover boas práticas em universidades e instituições de pesquisa.

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