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Astrofísica

Telescópio mede quase toda a luz do Universo

Mapa com as galáxias usadas na medição de luz do Universo

NASA/DOE/Telescópio Fermi

Com base nos dados coletados pelo Telescópio Espacial de Raios Gama Fermi, que em 2018 completou 10 anos em órbita, um grupo internacional de astrofísicos conseguiu medir a luz estelar produzida durante quase toda a história do Universo, que teria se formado há cerca de 13,7 bilhões de anos(Science, 30 de novembro). O astrofísico Marco Ajello e sua equipe do Clemson College of Science, nos Estados Unidos, com colegas de outros países, concluíram que o número de fótons (partículas de luz) que escaparam para o espaço após serem emitidos por estrelas é de 4 × 1084 (o número 10 seguido por 84 zeros). Eles examinaram sinais de raios gama, a forma mais energética de luz, de 739 galáxias ativas chamadas blazars, com buracos negros supermassivos em seus centros, coletados ao longo de nove anos pelo Fermi. A nova medição quintuplica o número de blazars calculados em 2012 e indica que o pico de formação de estrelas deve ter ocorrido em torno de 10 bilhões de anos atrás. O resultado também deve servir de base para futuras missões, como o Telescópio Espacial James Webb (JWST), com lançamento previsto para 2021. O James Webb vai captar a radiação infravermelha e tentar desvendar o que ocorreu logo após o Big Bang, a explosão que teria originado o Universo.

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