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Estratégias

O lucro do caro coquetel anti-Aids

Enquanto as mais de 60 pesquisas em andamento realizadas com o objetivo de desenvolver uma vacina anti-Aids não surtem resultado, o melhor é apertar ainda mais o cinto e gastar com a compra e distribuição dos medicamentos que compõem o coquetel para tratar a doença. No Fórum 2000, que reuniu em novembro especialistas da América Latina e do Caribe para discutir a epidemia, Pedro Chequer – ex-coordenador do Programa Nacional de Aids e atual supervisor do Cone Sul para Unaids, organismo das Nações Unidas – fez a seguinte conta: entre 1997 e 1999, foram evitadas 146 mil internações de pacientes com Aids, com uma economia de US$ 421 milhões.

“A discussão não é apenas moral e ética, mas também econômica”, diz Chequer. “No Brasil, o saldo do investimento no tratamento já é positivo economicamente.” Segundo Badara Samb, consultor da Unaids, o gasto anual com o coquetel varia entre US$ 2,5 mil e US$ 9,1 mil por paciente. Entre os países da América Latina e do Caribe, só Brasil, Uruguai, Argentina e Venezuela oferecem os remédios gratuitamente.

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