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Estratégias

Pioneirismo na ciência brasileira é premiado

A revista IstoÉ, da Editora Três, escolheu seis personalidades como os brasileiros do ano e, na área de ciência, o título foi para uma respeitada dupla: José Fernando Perez, 56 anos, físico, diretor científico da FAPESP, e Fernando Reinach, 44 anos, bioquímico, professor do Instituto de Química da USP. Ao longo do ano 2000, os dois freqüentaram todo tipo de mídia – de jornais de grande circulação, revistas, emissoras de rádio e de televisão nacionais à respeitada revista científica Nature, e desta a jornais, revistas e meios eletrônicos internacionais – graças ao papel que desempenharam para um feito inédito e de grande importância para a ciência produzida no país: o primeiro seqüenciamento completo, em todo o mundo, de um fitopatógeno, a bactéria Xylella fastidiosa, causadora da praga do amarelinho nos laranjais.

Perez foi o estrategista desse projeto pioneiro de genômica no país – lançado em outubro de 1997 e sustentado por uma inovadora rede virtual de laboratórios, a ONSA – Organization for Nucleotides Sequencing and Analysis -, que deu partida ao Programa Genoma da Fundação, menos de um ano e meio depois; Reinach foi o idealizador e um dos coordenadores do projeto. Por justiça, não se pode desvincular do feito o coordenador de DNA do projeto da Xylella, Andrew Simpson, 46 anos, que, sendo inglês, não poderia ter levado o prêmio da IstoÉ.

Mas a revista o cita com destaque na reportagem que trata do prêmio, na edição especial de 27 de dezembro, e Perez o homenageou no discurso de agradecimento que fez na festa de premiação, 18 de dezembro.Quem levou o título de “brasileiro do ano” foi o ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Os outros premiados foram o senador Pedro Simon (PMDB-RS), na política, o banqueiro Edemar Cid Ferreira, em cultura, e a psicóloga Viviane Senna, na área social.

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