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Tecnociência

Palmeiras resistem a desmatamento

Um estudo sobre palmeiras deve ajudar a divulgar formas de aproveitamento racional dessa árvore e a evitar desmatamento. A Coordenação de Pesquisas em Botânica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) trabalhou com 29 espécies existentes no Bosque da Ciência, no campus Aleixo 1, do instituto, para identificar as plantas com maior potencial econômico e alimentar, além de observar a adaptação nos seus diversos hábitats, como florestas de terra (onde se encontra a maioria das espécies), de capinarana e as periodicamente inundadas. Uma das principais conclusões é que as palmeiras resistem bem ao desmatamento e às queimadas, o que justifica sua ocorrência em grande número nas áreas degradadas. “Isto não vale para todas as espécies, mas algumas são muito fortes, como o inajá (Maximiliana maripa) e o babaçu (Orbignya phalerata)”, afirma a pesquisadora Ires Paula Miranda, da Coordenação de Pesquisas. Só na Amazônia, há cerca de 180 espécies. Em razão do valor econômico, ecológico e ornamental, as palmeiras devem ser consideradas prioritárias em qualquer avaliação envolvendo produtos florestais. Segundo Ires, todas as partes das plantas são aproveitadas de alguma maneira: frutos e sementes servem como alimento e fornecem matéria-prima para a indústria de cosmético, o caule é utilizado em móveis e assoalhos e as raízes têm uso medicinal.

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