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Tecnociência

A melhor forma de achar ETs

Douglas Vakoch é um cientista norte-americano que se dedica a pesquisar uma linguagem abstrata universal que permita responder a uma eventual mensagem extraterrestre. Focalizado em artigo do New York Times (6 de março), ele critica tentativas de comunicação interestelar. Entre elas, estão as preciosidades incluídas na sonda Voyager, lançada para além do sistema solar: uma placa metálica levou desenhos de um casal e diagramas “mostrando” a localização da Terra, e um disco foi gravado com imagens e músicas “representativas” de nosso planeta.

Vakoch critica a idéia de que a ciência terrestre possa ser a base da comunicação com ETs: “Só porque estamos centrados numa descrição científica de nós mesmos, isso não quer dizer que ‘eles’ tomarão isso como ponto inicial de uma conversação”. Também não acha que diferentes civilizações com histórias e formas físicas diversas devam necessariamente convergir para a mesma descrição científica da realidade e passar pelos mesmos estágios de desenvolvimento. Acredita ser possível, por exemplo, que extraterrestres tenham desenvolvido tecnologias de comunicação sem nem sequer conhecer o conceito de átomo ou a molécula de DNA.

Nenhuma mensagem, pensa, está livre de ambigüidade. Mas ele não é de todo cético e tem uma sugestão: imagens tridimensionais que pudessem ser vistas de qualquer ângulo e fossem gradativamente agrupadas em posições diversas, como um balé de sinais que sugerisse uma forma de conversação. Já há uma base para isso, a Lincos (Língua Côsmica) criada na década de 1960 pelo matemático alemão Hans Freudenthal. Vakoch está engajado no Projeto Fênix, do Instituto Seti da Califórnia, que esquadrinha mil estrelas próximas do tipo solar com radiotelescópio, em busca de planetas e sinais de vida.

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