Imprimir PDF Republicar

Estratégias

A briga por mais mulheres na física

Cerca de 300 profissionais de 66 países se reuniram em Paris de 7 a 9 de março para tentar entender a razão de haver um baixo número de mulheres físicas e criar estratégias para aumentar esse contingente. A Conferência Internacional sobre Mulheres na Física, da União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP), teve como principal coordenadora a brasileira Márcia Barbosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A apresentação feita por Marília Caldas, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e líder da equipe brasileira, mostrou que o Brasil tem razoável proporção de mulheres nessa área do conhecimento: hoje, elas são 25% dos estudantes de física.

Esse número vai caindo à medida que a profissional avança na carreira acadêmica. As que vão para a pós-graduação são 20% e as empregadas na área, em universidades, 16%. “Mas quando se fala em cargos que detêm o poder nas instituições, a porcentagem vai a zero na maioria dos lugares”, diz Marília. Um fato curioso é que nos Estados Unidos, Suécia e Alemanha há menos mulheres, proporcionalmente, estudando e trabalhando com física que aqui. “O nosso maior problema é que aqui há poucos estudantes nas universidades.”

Republicar