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Tecnociência

Polímeros naturais para a agricultura

Uma pequena amêndoa, encontrada dentro do caroço do algodão, é a matéria-prima utilizada por pesquisadores brasileiros, franceses, argentinos e holandeses para produzir polímeros naturais destinados à elaboração de biomateriais para agricultura. Nos Estados Unidos, essas amêndoas, de uma variedade sem gossipol (uma substância tóxica), são vendidas para ser misturadas a receitas culinárias devido ao seu alto valor protéico. Mas, como a principal variedade de algodão cultivada contém gossipol, o caroço de algodão tem sido usado tradicionalmente na alimentação de bovinos, por se tratar de uma matéria-prima de custo extremamente baixo no mundo inteiro e não provocar distúrbios no sistema digestivo desses animais.

Essa matéria-prima barata e abundante – são produzidos 30 milhões de toneladas de grãos de algodão no mundo por ano – foi escolhida pela Comissão Européia para servir como objeto de estudos entre parceiros do Mercosul e da Europa. No Brasil, o convite para participar dessa pesquisa foi para o professor Paulo José do Amaral Sobral, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, câmpus de Pirassununga. Sobral conta que seu trabalho inicial refere-se à extração, separação e preparação das proteínas para a produção do filme polimérico. As outras equipes trabalham com o filme e outros tipos de materiais que estão em desenvolvimento.

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