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Estratégias

Indignação dos cientistas italianos

A comunidade científica italiana está indignada com a intenção do governo de desativar vários centros e institutos de pesquisa no país (Science, 16 de agosto). Os planos, anunciados pelo jornal La Repubblica e negados pelas autoridades, incluiriam o fechamento de oito institutos, entre os quais a Estação Zoológica de Nápoles, o Instituto Nacional de Óptica, de Florença, e o Instituto de Oceanografia e Geofísica Experimentais, de Trieste. Os principais dirigentes desses órgãos seriam incorporados aos quadros do Conselho Nacional de Pesquisa (CNP).

Além disso, mudanças estruturais seriam implementadas no próprio CNP, na agência espacial italiana, no Instituto de Geofísica e Vulcanologia e no Instituto Nacional de Astrofísica. A maior preocupação dos pesquisadores italianos é a ameaça de ingerência política sobre a ciência. A reforma de cima para baixo, diz Franco Pacini, astrônonomo da Universidade de Florença, “coloca nas mãos dos políticos a escolha das lideranças científicas do país”. A preocupação com os aspectos simbólicos é forte também no exterior. “Estou chocado”, diz William Speck, do Laboratório de Biologia Marinha, de Massachusetts. “A Estação Zoológica de Nápoles é o laboratório marítimo mais antigo do mundo.”

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