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Internet 2

Metas reorientadas

Rede ANSP será utilizada como campo de testes dos projetos do Tidia

BRAZA Rede ANSP vai retomar sua missão histórica e voltará a ser utilizada para o desenvolvimento de novos protocolos e tecnologias de Internet. A partir de janeiro de 2003, a rede ANSP passará para o controle da comissão de coordenação do programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia), da FAPESP. Será utilizada como infra-estrutura para implementação de projetos de pesquisa já definidos no âmbito do Tidia, como, por exemplo, o de um campo de teste (test bed) em fibra óptica, de extensão estadual, para o desenvolvimento de pesquisas na área de engenharia de rede, controle de tráfego, comunicação óptica e softwares, entre outras. Hartmut Glaser deixa o cargo de diretor da Rede ANSP, mas segue coordenando o projeto Registro de Domínio do Comitê Gestor Internet Brasil.

“Completou-se um ciclo tecnológico”, diz Luiz Fernandes Lopez, coordenador do Tidia. “A Fundação passará a investir agora na Internet 2 enquanto projeto de pesquisa.”A ANSP foi criada como um programa especial da FAPESP, em 1989, e foi a primeira rede brasileira a integrar-se à Internet, em 1991. Sob o comando de Glaser, tornou-se um dos principais pontos de conexão da Internet no Brasil com o exterior. A ANSP também faz a interligação das redes acadêmicas universitárias e institutos de pesquisas paulistas e desempenha o papel de provedora de Internet do governo do Estado de São Paulo.

O redirecionamento dos objetivos da rede ANSP vai exigir um novo modelo de gestão com a participação das universidades e institutos de pesquisa de tal forma a consolidar tanto a infra-estrutura de comunicação e conexão à Internet como a rede de pesquisa.A FAPESP, que investe anualmente R$ 9,5 milhões na manutenção da rede, direcionará os gastos para as pesquisas em Internet de alta velocidade, que serão realizadas no âmbito do Tidia. “A nova rede ANSP será o campo de testes do programa”, explica Lopez. As pesquisas, na expectativa dos coordenadores do projeto, deverão começar em maio.

Além do projeto do campo de teste em fibra óptica, o Tidia prevê a criação de uma incubadora de conteúdos, como softwares, material didático, etc. A idéia é incentivar a criação cooperativa de conteúdos digitais e, ao mesmo tempo, disseminar o uso de informações em português na Internet. O principal serviço da incubadora será hospedar projetos de criação de conteúdos acadêmicos. O Tidia pretende implementar, também, programas de aprendizagem na rede (e-learning), uma das áreas mais promissoras da Internet, que serão distribuídos à comunidade acadêmica por meio da rede de fibra óptica (test-bed). O programa prevê o desenvolvimento de ferramentas e de conteúdos educacionais.

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