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Tecnociência

O Sol visto bem de perto

Em 14 de junho de 2002, em sua missão científica de estréia, as lentes do telescópio Vault, do Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos, produziram um feito e tanto. Conseguiram captar as imagens mais próximas do Sol já obtidas por qualquer artefato de observação. Só divulgadas em julho deste ano, as 21 fotos feitas pelo Vault – que capta a luz ultravioleta emitida num comprimento de onda chamado Lyman-alpha – apresentam uma resolução cerca de três vezes superiores às melhores imagens obtidas do Sol a partir do espaço.

As lentes do Vault, lançado ao espaço a bordo de um foguete da Nasa, podem flagrar porções do Sol que se estendem por áreas tão pequenas quanto 240 quilômetros. As fotos mostraram um inesperado nível de atividade na camada mais baixa da atmosfera solar, a cromosfera, entre a superfície visível do Sol (troposfera) e a corona, a camada mais externa.

As imagens devem ajudar a entender como funciona o Sol, que não é um corpo sólido, mas sim uma bola de gás, basicamente hidrogênio e hélio. Com cerca de 10 mil quilômetros de espessura, a cromosfera é uma região de transição em termos de temperatura.

Nela, o calor passa de 6.000º C para 20.000º C. Na corona, as temperaturas são ainda maiores, atingindo até 1 milhão de graus Celsius. Entender a atividade do Sol é importante para a humanidade. Explosões solares podem afetar o funcionamento de satélites e danificar os sistemas de navegação, comunicação e energia.

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