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Tecnociência

Emissões de energia do tungstênio

Cientistas dos Laboratórios Sandia em Albuquerque, no Estado norte-americano do Novo México, conseguiram mostrar que filamentos aquecidos de uma estrutura microscópica e reticulada de tungstênio irradiam mais energia de comprimento de onda próxima do infravermelho do que filamentos feitos do mesmo elemento, mas sólido. Na prática, isso pode significar uma nova e mais potente fonte de energia para carros elétricos, equipamentos eletrônicos em barcos e geradores industriais.

Ou mais: como o comprimento de onda próximo ao infravermelho é a região mais perto da luz visível, no futuro os cristais fotônicos (como também são conhecidas as estruturas microscópicas de tungstênio) poderão substituir com vantagem os métodos de iluminação atuais. Chegou-se a pensar que a descoberta desbancava a teoria de Max Planck – um dos precursores da física moderna, que, no início do século, calculou a quantidade máxima de energia passível de ser emitida por um corpo sólido.

Quando os cientistas aqueceram a estrutura reticulada de tungstênio a 1.250º C, a energia irradiada foi três vezes maior que a prevista por Planck. Mas o físico Shawn Lin, que conduziu a experiência, não crê que a lei de Planck foi quebrada, mas modificada. “Comparar a emissão de energia de um sólido com a de uma estrutura reticulada é como comparar um gato com um supergato.”

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