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Quando 1,23% faz a diferença

Somos 98,77% chimpanzés ou os chimpanzés é que são 98,77% humanos. Uma das notícias derradeiras de 2003 foi o anúncio de que o genoma do Pan troglodytes encontra-se agora alinhado com o do Homo sapiens – e aberto para consulta pública, nos bancos internacionais de genes. Financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI), esse trabalho começou em janeiro de 2003, com o material colhido de seis chimpanzés não aparentados, e confirma a estimativa prévia de alta similaridade: as duas espécies têm 98,77% do DNA em comum.

As diferenças encontradas no 1,23% restante poderiam explicar por que doenças como Aids, Alzheimer e malária afetam pessoas e chimpanzés de modo diferente. Estudos preliminares feitos com chips de DNA indicam que foram principalmente os genes do cérebro das duas espécies que se diferenciaram: não se notaram diferenças na expressão gênica de outras partes do corpo, como fígado e células brancas do sangue. Os genes do cérebro humano também experimentaram mais mudanças durante a história evolutiva quando comparados com os genes do cérebro de outro mamífero, o camundongo.

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