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Mundo

Bactérias restauram prédios antigos

De vilãs a salvadoras da pátria. Pelo menos é assim que os pesquisadores da Universidade de Portsmouth, da Inglaterra, esperam que algumas bactérias atuem. Microorganismos que até agora poluíam áreas urbanas, pondo em risco sítios culturais, vão começar a trabalhar a favor (London Press Service). A equipe liderada pelo professor Eric May integra o projeto Biobrush, sigla em inglês para biorremédios para a restauração de edifícios da herança urbana em pedra.

Trata-se de uma iniciativa européia coordenada a partir do Reino Unido que usa nova abordagem na conservação de prédios de importância histórica e cultural. A chave do processo está na biotecnologia, que permite o uso de processos de mineralização e remoção orgânica. Está provado que alguns microorganismos usam sulfato, nitrato e outros resíduos orgânicos para formar camadas de calcita sobre superfícies minerais. Seguros e eficazes, eles destroem as crostas formadas nos edifícios.

Combinações diversas de tratamento estão sendo testadas em condições de laboratório, e também nos prédios históricos, sob variadas condições climáticas no norte e sul da Europa, o que inclui um castelo medieval na Letônia, um muro de uma cidade na Alemanha, uma catedral na Itália e um antigo povoado na Grécia.

Os processos mecânicos de remoção de crostas podem danificar a superfície original e a limpeza físico-química pode alterar a cor da rocha. A nova tecnologia promete ser facilmente controlável e mais barata que as práticas habituais.

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