Imprimir PDF Republicar

Mundo

Um afrodisíaco bem guardado

Pesquisadores dos Estados Unidos e da Nova Zelândia descobriram a molécula que transporta e protege o feromônio – hormônio sexual – das fêmeas dos elefantes asiáticos, uma espécie em perigo, da qual restam poucos milhares de indivíduos. Já se sabia que as fêmeas liberam o feromônio pela urina, que o macho toca com a ponta da tromba e leva à boca, acionando o comportamento reprodutivo.

Mas como o feromônio resiste a tantos ambientes diferentes, da urina ao interior do nariz, até ocorrer o acasalamento? Uma equipe coordenada por Josef Lazar, da Universidade de Columbia, Estados Unidos, verificou que boa parte do hormônio sexual liberado na urina está ligados à albumina, uma proteína encontrada no soro sangüíneo.

Especificamente, de acordo com o estudo publicado em agosto na Chemistry & Biology, é a albumina de soro de elefante (ESA) que transporta o feromônio do soro à urina e estende seu tempo de vida, facilitando sua detecção pelos machos. O complexo ESA-feromônio se desfaz com a acidez da tromba, em um mecanismo ainda sem similar entre os mamíferos.

Republicar