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Nutrição

A genética dos obesos

De acordo com o artigo “Aspectos genéticos da obesidade”, de Iva Marques Lopes, Amelia Marti, María Aliaga e Alfredo Martínez, todos do Departamento de Fisiologia e Nutrição, da Universidade de Navarra, na Espanha, o componente genético constitui um fator determinante e um elemento de risco para diversas doenças crônicas como diabetes, osteoporose, hipertensão, câncer e obesidade. A partir de modelos animais, os pesquisadores conseguiram identificar o comportamento de vários genes implicados no excesso de peso. Seguindo o princípio de que os genes intervêm na manutenção de peso e gordura corporal estáveis ao longo do tempo, os autores descobriram que “o balanço energético, do qual participam a energia ingerida e a energia gasta, parece depender cerca de 40% da herança genética”. A pesquisa revela a existência confirmada de pelo menos 30 genes envolvidos na obesidade. Os genes que atraíram maior atenção nos últimos tempos foram: o gene da leptina (LEP) e seu receptor (LEPR), as proteínas desacoplantes (UCP2 e 3) e moléculas implicadas na diferenciação de adipócitos e transporte de lipídios (PPAR, aP2). A análise também ratificou a hipótese de que filhos de pais obesos tem de 50% a 80% de riscos de terem o mesmo problema. “Confirmam essa hipótese tanto o fato de existirem indivíduos com uma alteração na termogênese, no metabolismo basal ou na activação simpática, como a constatação de que os fatores genéticos podem modificar os efeitos da atividade física sobre o peso e a composição corporal”, revelam os autores do artigo.

Revista de Nutrição vol.17 – nº3 – Campinas – jul./set – 2004

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